ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTERNAÇÕES POR DOENÇA DE PARKINSON NO BRASIL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

Resumo

Introdução: A doença de parkinson faz parte de um grupo de enfermidades designadas como síndromes parkinsonianas, que são representadas fundamentalmente por bradicinesia, tremor de repouso, instabilidade postural e rigidez. É a segunda doença neurodegenerativa mais comum, ficando atrás somente do alzheimer, e dentre os fatores de risco para o seu desenvolvimento estão a genética, exposição a pesticidas e a metais pesados e o próprio envelhecimento, surgindo geralmente após os 50 anos (1). Devido ao aumento da expectativa de vida no Brasil nos últimos anos, torna-se fundamental compreender um pouco sobre a doença e o seu perfil epidemiológico. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico realizado por meio dos dados disponíveis no DATASUS, através do Sistema de Informações Hospitalares-SIH no Brasil. Os dados foram coletados em julho de 2020 e são referentes ao período entre 2010 e 2019. Resultados e Discussão: De forma geral, foram realizadas 9317 internações por doença de parkinson no país durante esse período, das quais 5339 (57,3%) foram do sexo masculino e 3978(42,7%) foram do sexo feminino. Observando a idade de tais pacientes, temos que 8265(88,7%) das internações foram em pacientes com mais de 50 anos, com predomínio na faixa etária entre 60 e 79, sendo apenas 1052 internações (11,3%) em menores de 50 anos. Além disso, houve o registro de 496 óbitos representando uma taxa de mortalidade de 5,32%(2). Conclusão: Diante da análise, evidenciou-se um predomínio do sexo masculino na patologia em questão, ademais foi comprovado a influência do envelhecimento nesse processo acometendo sobretudo pacientes idosos. A doença de parkinson tende a crescer no país nos próximos anos, tendo consequências importantes na qualidade de vida do indivíduo, sendo fundamental o conhecimento do tema.