A DOENÇA DE ALZHEIMER NA PESSOA IDOSA E AS DIFICULDADES ASSOCIADAS

Autores

  • Manoella Octavia Leopoldina Maria Avertano-Rocha
  • Isabela Rossette Anglada Timóteo
  • Sabrina Bergamim Silva Uliana
  • Sofia da Silva Camargo Corrêa

Resumo

Introdução: A doença de Alzheimer (DA) se caracteriza como uma doença neurodegenerativa que é irreversível e se instala insidiosamente, causando um progressivo declínio das funções cognitivas e motoras2. Sendo a causa mais frequente de demência, responsável por mais de 50% dos casos na faixa etária igual ou superior a 65 anos

O quadro clínico da DA é geralmente dividido em 3 estágios: no 1° estágio se tem a forma inicial, onde apresentam-se alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais. No 2° estágio, o qual se tem a forma moderada, é possível perceber a dificuldade na fala, na realização de tarefas simples e coordenação de movimentos. O estágio 3 é considerado grave, onde se tem resistência na realização de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer e deficiência motora progressiva3.

Conforme os estágios e, consequentemente, o grau da doença avançam, os sintomas pioram causando danos para os portadores. Desse modo, o idoso perde quase que totalmente a sua autonomia, encontrando dificuldades e necessidade de monitoramento contínuo2. As dificuldades relacionadas com a DA podem ser analisadas tanto envolvendo os pacientes, que passam a não reconhecer pessoas e familiares, apresentando também problemas emocionais pela não aceitação da doença, quanto envolvendo os cuidadores responsáveis por esses idosos, que precisam ter atenção e paciência constantes, tendo que lidar também com as diversas alterações do comportamento e memória desses portadores da doença de Alzheimer. Dessa forma, o trabalho visa identificar e problematizar, por meio de literatura científica, publicações sobre a saúde dos idosos e dificuldades associadas à doença de Alzheimer, na intenção de tornar este tema de conhecimento e cautela geral.

 

Metodologia: Foi realizada uma revisão da literatura científica, seja ela de língua inglesa ou língua portuguesa que possuísse no mínimo um dos descritores pesquisadora, nas seguintes fontes de busca: SciELO (Scientific Eletronic Library On-Line), Bases Eletrônicas Medline (Medical Literature Analysis and Retrietal System On-Line) e Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência da Saúde).

Os principais descritores pesquisados foram: Alzheimer, pessoa idosa, patologias associadas ao alzheimer, qualidade de vida e senescência.

Resultados e Discussão: A doença de Alzheimer por ser neurodegenerativa e irreversível, traz com ela consequências negativas de ordem física, mental e social que interferem na vida dos acometidos. Entre estas temos: esquecimento de pessoas, locais/situações; esquecimento do caminho de casa; aceitação da doença pelos familiares – que muitas vezes não dão apoio; dificuldade em aceitar o banho – o que prejudica a higiene e aumenta o risco de doenças; dificuldade em relação a dinheiro; dificuldade no autocontrole da medicação – podendo haver consumo inadequada e piora do quadro clínico; agressividade; riscos à saúde física1,2.

Dessa forma, é válido citar a necessidade de que os familiares cuidadores conheçam os sinais e sintomas da doença e tracem estratégias de cuidados essenciais no processo2. É necessário também conhecimento para que o cuidador não confunda características da doença, como a agressividade, com mal intenção do portador e não reaja e sim apazigue a situação

Ademais, a assistência precisa ter como pilares a segurança física e a redução da ansiedade e da agitação, visto que, o portador da doença de Alzheimer tem dificuldade de lidar com mudanças e, em função disso, o reconhecimento de suas especificidades e seus costumes são essenciais para o bom cuidado e boa qualidade de vida2.

Nesse sentido, a efetiva qualificação de cuidadores, além do preparo dos familiares, são estratégias fundamentais para mitigar as consequências negativas trazidas pela doença de Alzheimer

Conclusão: Logo, conclui-se que idosos portadores da doença de Alzheimer possuem dificuldades reais em decorrência da enfermidade, sejam físicas, emocionais ou até mesmo na forma de interagir com as pessoas ao seu redor. Então, é de suma importância que os cuidadores de pacientes com esse distúrbio sejam orientados a lidar com as dificuldades cotidianas dessas pessoas, sempre com calma e paciência, implementando sempre atividades que ofereçam prazer e estimulem o idoso a realizar diversas tarefas do dia-a-dia, para que haja algum grau de independência, fazendo com que ele se sinta mais livre, mas sempre respeitando suas vontades e limitações. Dessa forma os obstáculos apresentados por idosos que possuem Alzheimer poderão ser amenizados e eles terão uma melhor qualidade de vida

 

Referências

FERNANDES, Janaína da Silva Gonçalves; ANDRADE, Márcia Siqueira de. Revisão sobre a doença de alzheimer: diagnóstico, evolução e cuidados. Psicologia, Saúde & Doenças, v. 18, n. 1, p. 131- 140, 2017.

ILHA, Silomar et al. Doença de Alzheimer na pessoa idosa/família: Dificuldades vivenciadas e estratégias de cuidado. Escola Anna Nery, v. 20, n. 1, p. 138-146, 2016.

VARELLA, Drauzio. Doença de Alzheimer. 2014

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Publicado

2021-03-08

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Seção

Artigos