CUIDADOS PALIATIVOS: ASSISTÊNCIA DOMICILIAR PARA IDOSOS COM CÂNCER
Resumo
INTRODUÇÃO: O envelhecimento é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer, tendo um maior índice de mortalidade comparado aos jovens adultos. Dessa forma, percebe-se que os fatores intrínsecos e extrínsecos, o declínio das funções orgânicas, juntamente com as mudanças fisiológicas decorrentes da própria senescência, deixa a população idosa mais susceptível ao câncer1. A partir disso, com a presença dessa doença potencialmente fatal, o apoio médico ao paciente e a sua família torna-se imprescindível, sendo um modelo de atenção à saúde denominado cuidado paliativo, o qual visa à melhora da qualidade de vida de pessoas com doenças que não respondem aos cuidados curativos. Nessa perspectiva, levar em consideração o controle da dor e dos sofrimentos emocionais, sociais e espirituais, é um aspecto essencial no cuidado do paciente idoso com câncer2. Notavelmente, tendo em vista a melhor aderência ao cuidado paliativo, ao maior conforto do paciente idoso e à disponibilização de maior amparo ao paciente e aos familiares envolvidos, tem-se a assistência domiciliar, na qual a equipe de saúde proporciona os cuidados necessários na própria residência do paciente3. Nesse contexto, a presente revisão tem o intuito de ratificar a importância da assistência domiciliar na qualidade de vida do paciente idoso com câncer em cuidados paliativos. METODOLOGIA: Essa revisão foi realizada por meio de uma seleção de artigos, nas bases de dados SciELO e PubMed, seguindo os descritores: Câncer; Cuidados Paliativos; Idoso; Qualidade de vida. O critério de inclusão foram artigos publicados nos últimos 5 anos, selecionando apenas os artigos que corresponderam ao contexto do tema. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O atendimento domiciliar dispõe-se da avaliação das necessidades do paciente e da sua família por meio de planos assistenciais e de orientações sobre o cuidado com o paciente. Dessa forma, têm-se as visitas domiciliares de equipes de saúde, as quais são responsáveis pelo o gerenciamento e a manutenção do tratamento, tendo como resultado uma maior segurança e conforto para o idoso e sua família4. Além disso, sabe-se que o paciente oncológico e seus familiares sofrem devido à gravidade da doença e às complicações proporcionadas durante seu curso, por isso atendimentos domiciliares com equipe interdisciplinar são relevantes nesses casos, pois priorizam a qualidade de vida e amparam o paciente e seus familiares, por meio da aproximação do paciente com a equipe médica e da criação de vínculos durante seu cuidado. Dessa forma, nota-se que o modelo de assistência domiciliar segue os princípios da ética médica, os quais são contra a distanásia – morte sem dignidade – e a favor de qualidade de vida, principalmente quando cuidados são necessários. Assim, reconhecer as particularidades do contexto em que o paciente oncológico está inserido e suas necessidades são fundamentais para um bom tratamento, de modo a identificar suas potencialidades e fragilidades. Nessa perspectiva, as realizações desses cuidados domiciliares exigem do profissional da saúde uma atuação integral, compartilhada e humanizada, para que o cuidado paliativo seja efetivo no alívio da dor física e mental desse paciente. Além disso, a equipe interdisciplinar também tem como objetivo desenvolver um papel de educar o paciente e os familiares sobre saúde, com o intuito de proporcionar, gerenciar e manter uma boa qualidade de vida para os mesmos5. CONCLUSÃO: Nesse contexto, observa-se que a assistência domiciliar para o cuidado paliativo do paciente idoso com câncer propicia uma melhoria na qualidade de vida e da saúde mental não só do individuo em tratamento, mas também de seus familiares. Notavelmente, essa modalidade de atendimento proporciona inúmeros benefícios para o paciente, a saber, o conforto e a segurança de estar em casa, a presença de pessoas queridas, além de evitar desgastes, internações, custos onerosos e contaminações hospitalares. Dessa maneira, torna-se evidente a necessidade do melhor desenvolvimento e da aderência da assistência domiciliar, uma vez que possibilita ao idoso e aos seus familiares uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos6.
Referências
– FALLER JW, et al. Perfil de Idosos Acometidos por Câncer em Cuidados Paliativos em Domicílio. Revista Kairós Gerontologia, 2016.
– ALBUQUERQUE MB, et al. Qualidade na Assistência de Cuidados Paliativos em Idosos. CIPEEX – Ciência Para a Redução das Desigualdades, 2018; vol. 2 (2).
– VASCONCELOS GB, PEREIRA PM. Cuidados Paliativos em Atenção Domiciliar: Uma Revisão Bibliográfica. Ver Adm Saúde 2018; vol. 18 (70): 1-18.
– SANTOS GS, CUNHA ISK. Visita Domiciliar a Idosos: Características e Fatores Associados.
Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, 2017.
– AZEVEDO C, et al. Perspectivas Para os Cuidados Paliativos na Atenção Primária à Saúde:
Estudo Descritivo. Online Braz J Nurs, 2016; vol.15 (4): 93-683
– HEY A, et al. Participation of Nurses in Palliative Home Care. Rev. Min Enfermagem, 2017.